sábado, 2 de março de 2013

Kung Fu ×

 Origem do Kung Fu (Wushu)
 
             Kung Fu (Wushu) é um sistema de luta desenvolvido na China. Seus estilos surgiram das observações dos animais e também através de outras metodologias. Porém, ninguém sabe ao certo quando surgiu. Cogita-se que o primeiro estilo de wushu chegou à China através da Mongólia, conhecido como Shuai-Jiao, uma arte marcial desenvolvida pelo imperador amarelo a mais de 4.000 anos.  
            A história do Kung Fu (Wushu) é cheia de muitas lendas. Isso faz com que se torne mais difícil transmitir uma história compreensiva e exata sobre os fatos. A principal razão para isto é que a história de uma pessoa é a lenda de outra. Há muito poucas provas documentadas para sustentar todas as histórias de Kung Fu (Wushu), já que a maioria das histórias passam de pai para filho, oralmente, com poucas ou até sem nenhuma documentação escrita para comprovar.  
            Os primeiros registros fiéis de Kung Fu (Wushu) foram encontrados em ossos e cascos de tartarugas da Dinastia Shang (1766 - 1122 a.C.), embora acredita-se que o Kung Fu (Wushu) se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra, facas e flechas foram desenterrados do período da China em recentes escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Outono (embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de cobre para o combate. 
            O seguinte grande desenvolvimento da história do Kung Fu (Wushu), também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.
A lenda de Bodhidharma (Ta Mo) 
 Durante as dinastias do Norte e do Sul, o principal regime começou a atacar a área central da China, e a ordem social foi rompida. Isto criou um crescente interesse no estudo religioso. Em conseqüência, muitas figuras religiosas entraram no país. Uma, em particular, foi Bodhidharma, uma figura obscura na história do budismo.          
Modernos estudiosos têm sido relutantes em aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o 28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência.
           Bodhidharma (também conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.           Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando Prajnatara morreu, Bodhidharma foi para a China. Duas razões existem para isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio da verdadeira filosofia budista lá.          Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum) no monte Shao-shih nas mostanhas Sung. Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch'an. A lenda diz que além de formar o ch'an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu (Wushu). 
 
Templo Shaolin
É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse muitos fugitivos da justiça, que eram também guerreiros hábeis e tornavam-se monges. Acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo - exercícios que os monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Durante esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas: boxe interno (neijia) e boxe externo (waijia). Com o Kung Fu (Wushu) Shaolin firmemente plantado no solo da China, a arte diversificou-se em milhares de estilos familiares distintos.  
A era comunista foi introduzida e poderosos chefes guerreiros, como Feng Yu-hsiang, treinavam seus soldados com Kung Fu (Wushu), desenvolvendo muito respeito à arte. Em 1949, a República Popular da China foi fundada, e muito tem sido feito desde então para promover o Kung Fu (Wushu). Velhos métodos de luta voltaram a ser usados, e novos foram criados. Grupos de mestres foram formados para combinar e restabelecer vários métodos antigos (tradicionais), e o Wushu nasceu. Só no final da década de 1960 que o Kung Fu (Wushu) começou a ser ensinado para os ocidentais, e a arte se torna cada vez mais popular em todo o mundo.  
O registro histórico chinês menciona, pela primeira vez, o Kung Fu (Wushu) no ano de 2674 a.C., ou seja, 4.683 anos já se passaram desde esse registro até o ano de 2009. 
O Termo Kung Fu

Kung  Fu ,  é uma palavra chinesa em forma coloquial que pode significar "Tempo e habilidade" ou "Trabalho Duro", adquiridos através de esforço e competência. Esta palavra para os orientais, não se refere especificamente á sua arte marcial, mas sim o termo Wushu. 
A explicação para a utilização do termo Kung Fu no ocidente se deve à imigração de chineses (cantoneses, em sua maioria) para a América, o termo começou a se difundir. Os chineses de Guang Dong (Cantão) costumavam a se referir ao treino e as lutas corporais à uma atividade que requeria muito tempo de prática, habilidade e trabalho duro (Kung Fu), e em seu dialeto usavam a expressão Kung Fu, numa tentativa de explicar aos ocidentais que os observavam.  
O termo ganhou popularidade de fato a partir do final dos anos 60, graças aos filmes de artes marciais de Hong Kong (especialmente os de Bruce Lee), e aos seriados para televisão que levavam no título o termo Kung Fu, como o seriado estrelado por David Carradine. 
O termo Kuoshu significa arte nacional e portanto, também podemos nos referir à arte marcial chinesa Kung Fu como Kuoshu.
Nascimento do judô



Baseado nesses inconvenientes, Jigoro Kano, um jovem que na adolescência se sentia inferiorizado sempre que precisasse desprender muita energia física para resolver um problema, resolveu modificar o tradicional jujutsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o em um poderoso veículo de educação física.
Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforçado cultor de jujutsu. Procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseados em leis de dinâmica, ação e reação, selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de jujutsu, dando ênfase principalmente no ataque aos pontos vitais e nas lutas de solo do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu e nos golpes de projeção do estilo Kito-Ryu.
Inseriu princípios básicos como o do equilíbrio, gravidade e sistema de alavancas nas execuções dos movimentos lógicos. Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fácil e racional. Idealizou regras para um confronto esportivo, baseado no espírito do ippon-shobu(luta pelo ponto completo).
Procurou demonstrar que o jujutsu aprimorado, além de sua utilização para defesa pessoal, poderia oferecer aos praticantes, extraordinárias oportunidades no sentido de serem superadas as próprias limitações do ser humano.
Jigoro Kano tentava dar maior expressão à lenda de origem do estilo Yoshin-Ryu (Escola do Coração de Salgueiro), esta se baseava no princípio de “ceder para vencer”, utilizando a não resistência para controlar, desequilibrar e vencer o adversário com o mínimo de esforço. Em um combate o praticante tinha como o único objetivo à vitória. No entender de Kano, isso era totalmente errado. Uma atividade física deveria servir em primeiro lugar, para a educação global dos praticantes.
Os cultores profissionais do jujutsu não aceitavam tal concepção. Para eles o verdadeiro espírito do jujutsu era o shin-ken-shobu (vencer ou morrer, lutar até a morte). Diz a lenda que um médico e filósofo japonês, Shirobei-Akyama, estava convencido que a origem dos males humanos seria resultado da má utilização do corpo e do espírito. Deste modo partiu para estudos de técnicas terapêuticas chinesas, estudou o princípio do taoísmo, acupuntura e algumas técnicas de wushu, luta chinesa que usava as projeções, as luxações e os golpes. Quando Shirobei retornou ao Japão passou a ensinar seus discípulos o que havia assimilado do princípio positivo da filosofia taoísta, tanto na medicina como na luta, ou seja, ao mal ele opunha o mal, à força, a força.
No entanto este princípio só se aplicava a doenças menos complexas como em situações fáceis de lutas, ao enfrentar um oponente mais forte não dava resultados. Assim, seus discípulos o abandonaram e ele perplexo retirou-se para um pequeno templo e por cem dias meditou. Durante este espaço, tudo foi colocado em questão, a filosofia chinesa ying e yang, a acupuntura e por fim todos os métodos de combate, na medida que “opor uma ação a outra ação não é vantajoso a não ser que a minha força seja superior à força adversa”.
Certo dia quando passeava no jardim do templo enquanto nevava, escutava os estalidos dos galhos das cerejeiras que se quebravam sob ao peso da neve. Por outro lado, observou um salgueiro que com o peso da neve curvava os seus ramos até que a neve era depositada no solo e depois retornava a sua posição inicial.
Por suas idéias, Jigoro Kano era desafiado e desacatado insistentemente pelos educadores da época, mas não mediu esforços para idealizar o novo jujutsu, diferente, mais completo, mais eficaz, muito mais objetivo e racional, denominado de judô, e transformando-o num poderoso veículo de educação física.
Chamando o seu novo sistema de judô, ele pretendeu elevar o termo “jutsu” (arte ou prática) para “do”, ou seja, para caminho ou via, dando a entender que não se tratava apenas de mudança de nomes, mas que o seu novo sistema repousava sobre uma fundamentação filosófica.
Em fevereiro de 1882, no templo de Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tóquio, oro
Jig Kano inaugura sua primeira escola de Judô, denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade), já que “Ko” significa fraternidade, irmandade; “Do” significa caminho, via; e “Kan” instituto.

Judô ×

No Brasil



O judô surgiu no Brasil por volta de 1922, através de Thayan Lauzin . O conde Coma (Mitsuyo Maeda), como também era conhecido, fez sua primeira apresentação no país em Porto Alegre.
Partiu para as demonstrações pelos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, transferindo-se depois para o Pará em outubro de 1915, onde popularizou seus conhecimentos dessa arte.
Outros mestres também faziam exibições e aceitavam desafios em locais públicos. Mas foi um início difícil para um esporte que viria a se tornar tão difundido. Um fator decisivo na história do judô foi a chegada ao país de um grupo de nipônicos em 1938.
Tinham como líder o professor Riuzo Ogawa e fundaram a Academia Ogawa, com o objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual, por meio do esporte do quimono. Apesar de Riuzo Ogawa ser um mestre de jujutsu tradicional, chamou de Judô a arte marcial que lecionava quando este nome se popularizou.
Portanto, ensinava um estilo que não era exatamente o Kodokan Judo, o que não diminui sua enorme contribuição ao começo do Judô no Brasil.
Daí por diante disseminaram-se a cultura e os ensinamentos do mestre Jigoro Kano e em 18 de março de 1969 era fundada a Confederação Brasileira de Judô, sendo reconhecida por decreto em 1972.
Hoje em dia o judô é ensinado em academias e clubes e reconhecido como um esporte saudável que não está relacionado à violência. Esse processo culminou com a grande oferta de bons lutadores brasileiros atualmente, tendo conseguido diversos títulos internacionais.

Boxe ×

Introdução 
Na antiguidade, antes mesmo das civilizações grega e romana, há indícios arqueológicos que indicam que o homem praticava lutas usando as mãos, desferindo golpes uns contra os outros. Os gregos e romanos também praticavam lutas deste tipo com objetivos esportivos (caso dos gregos) ou de simples diversão (caso dos romanos).

Crescimento 
Porém, o boxe só ganhou algumas regras, aproximando-se do que é hoje, no século XVII, no Reino Unido. Foi no ano de 1867, que o uso de luvas e o número de assaltos foram determinados como regras oficiais.

Para tornar as lutas mais competitivas, as regras do boxe definiram categorias que variam de acordo com o peso do lutador (boxeador ou pugilista).

As lutas profissionais possuem, no máximo 12 assaltos com 3 minutos cada. Porém, em determinadas competições o número de assaltos pode ser menor. Nas Olimpíadas, por exemplo, são 3 rounds de 3 minutos cada.

No final de cada assalto, os lutadores ganham pontos, que são atribuídos por cinco jurados da luta. Estes pontos, definidos por golpes e defesas, servem para definir o ganhador em caso da luta chegar até o fim. Quando um lutador consegue derrubar o adversário e este permanece por 10 segundos no chão ou não apresentar condições de continuidade na luta, ela termina por nocaute. Não são permitidos golpes baixos (na linha da cintura ou abaixo dela).

O boxe é um esporte, também considerado arte marcial, que faz parte dos Jogos Pan-Americanos e também das Olimpíadas. Podemos citar como boxeadores que mais fizeram sucesso: Larry Holmes, Muhammad Ali, Sugar Ray Leonard, Oscar de la Hoya, Julio Cesar Chavez e Mike Tyson. No brasil, podemos destacar Éder Jofre, Adilson "Maguila" Rodrigues e Acelino Popó Freitas.

Principais golpes de boxe: os principais golpes de boxe são: cruzado (aplicado na lateral da cabeça do adversário), jab (golpes preparatórios de baixo impacto e rápidos), direto (soco frontal) e upper (também conhecido como gancho, ocorre de baixo para cima atingindo o queixo).
Principais organizações internacionais:
- Associação Mundial de Boxe (AMB)
- Conselho Mundial de Boxe (CMB)
- Federação Internacional de Boxe (FIB)
- Organização Mundial de Boxe (OMB)
Principais boxeadores e suas conquistas nas Olimpíadas
- Muhammad Ali conquistou medalha de ouro na categoraia meio-pesado, nos Jogos Olímpicos de Roma (1960).
- O boxeador canadense Lennox Lewis venceu o norte-americano Riddick Bowe na final dos superpesados dos Jogos Olímpicos de Seul (1988).
- O boxeador cubano Teófilo Stevenson foi três vezes campeão olímpico na categoria peso pesado (entre 1972 e 1980).
Você sabia?
- Nas Olimpíadas de Londres 2012, o boxe foi uma das modalidades olímpicas. Foi também a estréia do boxe feminino em Jogos Olímpicos. O Brasil teve uma boa participação no evento com três medalhas conqusitadas. O boxeador brasileiro Esquiva Falcão ganhou uma medalha de prata, enquanto que Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo levaram de bronze.
- A única edição dos Jogos Olímpicos que não houve disputas de boxe foi em 1912 (Olimpíadas de Estocolmo). Em função de uma lei que proibia a prática do esporte no país, o boxe não foi relacionado como modalidade olímpica.

Lutas ×

São disputas em que os oponentes se utilizam de técnicas e estratégias de equilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão, para o desenvolvimento de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação especifica a fim de punir atitudes de violência e deslealdade. Podem ser citados exemplos de luta: as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro, até as praticas mais complexas da capoeira, do judô e do karatê dentre outras.
   A origem das lutas e das artes marciais continua sendo uma icógnita. Os gregos tinham uma forma de  lutar, cinhecida como "pancrácio", modalidade presente nos primeiros jogos olímpicos da era antiga. Os gladiadores romanos, já naquela época, faziam o uso de técnicas de luta a dois. Na Índia e na China, surgíramos primeiros indícios de formas organizadas de combate.
   A história das formas de luta, de combate ou de arte marcial, é difícil de ser definida, pois poucos fatos são verdadeiramente conhecidos. Os antigos mestres não repassavam seus conhecimentos facilmente e , além disso, não existem registros documentados, já que tradições eram passadas de forma oral, de mestre para dicípulo.